SOBRE A DANÇA

A dança tribal não pretende ser considerada ocidental ou oriental, não adota rótulos, vive o presente, aceitando as mutações internas, o surgimento de novas tendências. Segundo Jorgensen o American Tribal Style (ATS) é como o impressionismo da cena de dança do ventre contemporânea, desde o seu surgimento balançou as coisas e lançou as bases para outros tipos de inovação no mundo da dança do ventre. (Tradução livre da autora).
Portanto, é possível afirmar que dança tribal é pós-moderna por acompanhar todas as transformações que ocorreram na sociedade e no mundo das artes desde a década de cinquenta e assume seu caráter fusivo, por meio da mescla de movimentos, sons, de comportamentos pertencentes a culturas, espaços e tempos diferentes. Vemos retratada abaixo a árvore genealógica da Dança Tribal (FIGURA 17), em que é possível visualizar a sua linhagem, influência, e ascendência. 


          A Dança Tribal assume o kitsch[1] e a vanguarda, chegando quase a ser um neobarroco, fato que pode ser verificado quando analisado os ricos figurinos. Muito mais elaborados do que os trajes utilizados pela odalisca. Os figurinos tribais se constroem a partir da transposição de diversos trajes étnicos, uma espécie de releitura contemporânea dos mesmos. O resultado final nos remete às “assemblages”[2] cubistas, isto é, a estética de acumulação segundo qual todo ou qualquer tipo de material pode ser incorporado à obra de arte.






[1] O kitsch é um termo de origem alemã (verkitschen) que é usado para categorizar objetos de valores estéticos distorcidos e/ou exagerados, que são considerados inferiores à sua cópia existente. São frequentemente associados predileção do gosto mediano e pela pretensão de, fazendo uso de estereótipos e chavões que não são autênticos, tomar para si valores de uma tradição cultural privilegiada. Eventualmente objetos considerados kitsch são também apelidados de brega no Brasil. A produção Kitsch surge para suprir a demanda de uma classe média em ascensão, que não conseguia entender e aceitar a arte de vanguarda, com suas propostas inovadoras, mas desejava participar do "universo da arte”. Desenvolveu o gosto, mas queria parecer culta e apreciadora da arte, porque isto lhe conferia status social. (INFORMAL, Dicionário, Acesso em 19 de jun. 2014).

[2]  O termo assemblage é incorporado às artes em 1953, cunhado pelo pintor e gravador francês Jean Dubuffet (1901-1985) para fazer referência a trabalhos que, segundo ele, "vão além das colagens". O princípio que orienta a feitura de assemblages é a "estética da acumulação": todo e qualquer tipo de material pode ser incorporado à obra de arte (CULTURAL, Itaú. Enciclopédia). Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo325/assemblage. Acesso em: 2 de mar. 2015.

Obs: Trecho tirado do Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Tuiuti do Paraná - Gestão e Produção Cultural: Projeto VTD - Videodança Tribal Dance (Mariáh Voltaire) 2015.
Qualquer cópia sem referência será considerada plágio.

Mais informações acesse:
http://projetovtdvideodanca.blogspot.com.br/




BENEFÍCIOS QUE A DANÇA TRIBAL PROPORCIONA:

  • Aprendizagem de uma dança de vanguarda por meio da mescla de movimentos, sons, de comportamentos pertencentes a culturas, espaços e tempos diferentes;
  • Aulas divertidas e que também ajudam a corrigir a postura;
  • Auxilia no bem estar;
  • Ajuda a desenvolver a autoestima;
  • Aflora a feminilidade tornando-a mais sensual, sem resquícios de vulgaridade;
  • Promove na mulher a aceitação de si mesma como ser encantador, diferenciado e belo;
  • Desenvolve a agilidade mental, concentração e atenção tanto na música quanto nos movimentos;
  • Alivia o stress do dia-a-dia através do contato de grupo pela troca de experiências e informações, o que desenvolve a capacidade de sublimar os desafios.










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